Violência Obstétrica!

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Arte:Livia Carvalho

 

Oiiiii Caaaats… tudo bem?!!

Você passa nove meses aguardando o momento mais esperado para ver o rostinho do seu bebê, imagina que será um momento mágico, talvez o momento mais feliz de sua vida….mas de repente o que era um sonho se torna um pesadelo real!

O relato de hoje é de uma mãezinha que eu conheço há mais ou menos uns 20 anos! (Nessas horas me dou conta que estou ficando velha!!!).

Minha amiga Vivian que passou por uma violência obstétrica, o que era para ser um parto humanizado, tornou-se o mais desumano possível.

Cats, leiam com atenção esse relato, é triste saber que no momento que mais precisamos de apoio, cuidado e tranquilidade para trazer um bebê ao mundo,  pode-se tornar a experiência mais traumatizante  de nossas vidas.

“Hoje em dia, falo naturalmente sobre o assunto, e semanas atrás, olhando por um acaso algumas notícias, me surpreendi ao ver que o que eu sofri quando fui ganhar minha filha tinha um nome – violência obstétrica – e que acontecia com mais pessoas e nem todas tiveram a mesma sorte que eu tive, da minha filha ter sobrevivido e ser super saudável.
Vi que acontece normalmente em hospitais públicos, onde defendem o chamado “parto humanizado”, mas só faltou os humanos para trabalharem nesses hospitais.
Vou contar desde o começo.
O pai da minha filha não foi muito presente na minha gravidez, começou a me acompanhar somente quase no fim da gravidez, e mesmo assim nunca me acompanhou em uma só consulta pré-natal.
Fiz todo meu pré-natal em rede pública, na cidade onde moro, em São Bernardo do Campo/SP, minha filha estava prevista para vir ao mundo no dia 04 ou 05 de abril de 2011.
No dia 25/03 pela manhã, fui a uma consulta pré-natal, quando o médico inseriu o aparelho em mim para ver a bolsa , senti um leve desconforto… o que achei normal, pq todas essas visitas não eram nem um pouco confortáveis e meu médico nunca estava de bom humor, tanto que todas as dúvidas que eu tinha referente a gravidez, tirei pela internet ou lendo revistas de gestantes.
Fui para casa neste mesmo dia e dormi um pouco, ao acordar, fui na cozinha e começou a escorrer um líquido pelas minhas pernas (eu estava de vestido), sai bastante, mas parou. O liquido não era xixi, eu sabia que era da bolsa, porque eu já havia pesquisado na internet antes. Liguei para o pai da minha filha, que foi me buscar, enquanto isso , fui tomar banho e saiu um pouquinho mais.
Fomos direto para a maternidade pública da cidade, o Hospital HMU, que estava bem cheio. Uma enfermeira me atendeu, me examinou e disse que minha bolsa estava intacta, que não era nada, e que mesmo assim, o hospital estava cheio e eu nem poderia ficar lá. Ela disse que iria me dar uma medicação na veia para dor (eu não estava sentindo dor nenhuma e avisei a ela), fui encaminhada para uma sala para tomar medicação, e nesta sala estavam varias outras mulheres em trabalho de parto, sentadas em cadeiras, mas que estavam aguardando para saberem para onde seriam encaminhadas.
Fiquei um bom tempo lá, não sei que horas eram, liguei em casa e avisei que não era nada, e que a enfermeira alegou que minha bolsa estava ok, e que se não fosse xixi, estava saindo líquido de outro lugar.
Cheguei em casa a noite, e um médico amigo do meu pai estava lá, meu pai conversou com ele a tarde sobre o que ocorreu, e ele resolveu ir até minha casa e falar comigo pessoalmente. Ele era urologista, mas estava se especializando em ginecologia.
Ele não me examinou nem nada, só fez algumas perguntas. Respondi, e ele me disse que provavelmente minha bolsa estava rota, mas que me mandaram para casa porque o hospital estava lotado, e por isso me deram a medicação, que é uma medicação que alivia as contrações, caso eu começasse a ter. Ele disse que não existe outro lugar de onde possa sair líquido, se não da bolsa.
Ele ligou para um médico amigo, do hospital da Mulher, em Santo André. Que falou para ele que era para me levar para lá, e falar que ele que havia encaminhado.
Fui atendida por volta das 9h, no máximo 10h. Constataram que minha bolsa estava rota, e assim que esse médico amigo da família foi embora, vieram falar para mim que eu não poderia ser internada naquele hospital, porque eu não era de Santo André e nem tinha feito meu pré-natal lá, que eles iriam me encaminhar para outro hospital.
Fiquei na sala de espera com o pai da minha filha, até as 5h da manhã, sentada esperando, vi mulheres chegando em trabalho de parto quase a noite toda.
As 5h30 da manhã, eu estava cansada de ficar sentada na sala de espera e resolvi falar com a médica, para saber até quando pretendiam me deixar lá, ou se deixariam eu ir para casa, já que era para eu ter minha filha em qualquer lugar. Ela me disse que iria falar com a enfermeira chefe para pedir autorização para que eu fosse internada lá mesmo, já que tentaram falar duas vezes com vários hospitais e todos responderam que estavam lotados ( falaram uma vez e mesmo assim tentaram de novo, e eu esperando sentada).
A médica disse que só iria fazer um parto e voltaria para providenciar minha internação. Fui internada as 8h da manhã (sim, eu fiquei das 22h da noite até as 8h da manhã do outro dia aguardando, com 38 semanas de gestação, sentada na sala de espera… ao menos me ofereceram um chá).
Meu parto começou a ser induzido por volta das 8h30 da manhã, depois disso perdi a noção do tempo.
Sei que tinha uma menina do meu lado, que estavam induzindo o parto dela desde o dia anterior, e ela não sentia contrações e nem dilatação… e só aumentavam o remédio.
Comecei a sentir as dores, em uma dessas contrações, lembro que entrou uma mulher na sala de pré-parto, com várias outras grávidas. Ela estava mostrando como era o hospital para elas, e como entraram bem na hora que eu estava sentindo uma contração, acabei sendo um “exemplo” de como nos portar quando viessem as contrações, pelo que entendi era algum tipo de curso sei lá. Foi um momento super desconfortável. Muito. Mas como o hospital era público, eu não tinha muito o que reclamar (que é o que eles pensam).
As dores começaram a aumentar, e após o almoço (não consegui me alimentar) me mandaram para a sala de parto.
As contrações cada vez mais fortes, e conheci a enfermeira que seria minha “doula”. Perguntei para ela em que momento eu iria receber a anestesia para parar com as dores. Ela riu. E me disse: “ Você está em um hospital público, aqui não tem anestesia”. Eu disse que estava doendo muito e que eu queria anestesia (não sabia o que era direito o parto humanizado, meu médico nunca falou e eu não pesquisei sobre isso, e nem imaginava que em hospital público era só assim). A minha “doula”, me disse assim : “ Eu tive duas assim, sem nada e pq vc não pode?”.
E essa enfermeira “doula” pedia constantemente, bem brava ainda, para eu parar de gritar com as contrações, pq só eu estava gritando exageradamente, e que iria assustar as outras meninas ainda que estavam quietas.
Ela me colocou no chuveiro quente, para aumentar a dilatação, no chuveiro comecei a vomitar de dor. E finalmente atingi 10cm de dilatação.
Várias pessoas entraram e dentre eles dois médicos, um que seria o obestetra, e começou a pedir que eu empurrasse em cada contração. Foi o que fiz, fazia muita força, mas eu mesmo assim não tinha forças o suficiente, queria desmaiar, estava cansada, passei a noite toda sentada, sentindo dor desde manhã, não consegui me alimentar, e ainda vomitei o pouco que eu tinha.
Fiz tanta força, que em certo momento, cheguei inclusive a defecar na maca (não gostaram muito), mas minha filha não saia, e eu por mais que tentasse não tinha forças para fazer mais força. Comecei a chorar e implorar para ir para o centro cirúrgico, pois estava muito cansada. Em um momento, eles me falaram que eu não estava cooperando, e que todos iriam sair da sala e que só voltariam quando eu quisesse realmente fazer força e parasse de gritar ou chorar. Chamaram o pai da minha filha para sair também, e ele voltou me pedindo para ajudá-los que eles estavam falando que se eu não ajudasse não fariam mais nada.
Voltaram, e eu tentei mais uma, duas vezes, uma médica encostada na parede, lembro bem o rosto dela, começou a me chamar de egoísta, que eu só estava pensando em mim, para não sentir dor, mas que eu não era mãe, porque não estava nem aí com a minha filha, que não queria ajudar, e que se algo acontecesse com ela, a culpa seria única e exclusivamente minha. Me chamou de egoísta mais umas duas vezes , não tem como não esquecer as palavras dela.
Eu já não conseguia fazer força, pedi para me levarem ao centro cirúrgico, até que por fim, mesmo com dor, e depois de todo o maltrato e das palavras da médica, deixei bem claro, que eu era formada em adm hospitalar ( o que é verdade) e que eu sabia todos os meus direitos como paciente, e que se acontecesse algo, processaria eles por omissão de socorro.
Todos saíram da sala novamente e quando voltaram a médica me disse mais uma vez que eu era egoísta e que já que era assim que eu queria, eles me levariam para o centro cirúrgico e fariam fórceps, que fazia até mal para a bebê.
A Bianca já estava há muito tempo no canal de parto, por isso resolveram me levar, e mesmo assim fui de cadeira de rodas.
Enquanto eles se preparavam, o anestesista veio conversar comigo (único humano nesse tal de parto humanizado), e me disse que iria dar um remédio para parar a dor, e pediu para que eu tentasse só mais uma ou duas vezes , que ele me ajudaria, para não precisar do fórceps. Eu concordei, chorando.
Quando veio a contração, eu já anestesiada, ele disse que quando eu fizesse força, ele mesmo empurraria minha barriga para baixo, e que isso ajudaria. Fiz o que ele pediu, duas vezes eu empurrando e esse anestesista ajudando. E assim veio a Bianca, com o cordão enrolado no pescoço, roxa, e sem chorar.
Mandaram o pai sair da sala correndo, e eu comecei a escutar (com o olho fechando de cansaço), a pediatra dizendo assim “ vai Bianca, reage Bianca, você consegue, vamos” isso por alguns minutos. Até que aplaudiram e colocaram ela em uma encubadora e me trouxeram para eu ver. Olhei para ela toda entubada, toda pequena e perguntei “ Ela está bem? “ a pediatra me disse assim : “ Se ela estivesse bem estaria aí com você e não aqui nessa encubadora” e saiu. Levando a Bianca para a UTI.
O médico começou a me dar pontos, perguntei o porque, e ele me disse que havia dado uma pequena dilacerada na hora da saída do bebê e que seria necessário (engraçado que quando perguntei da anestesia, e perguntei se nem a local eu iria receber, eles me disseram que não, que não seria necessário porque meu canal era largo… mas tudo bem foi só uma “dilasceradinha”.
Estava muito cansada, não sei bem o que era e estava preocupada com a minha filha, mas dava para entender que os médicos continuavam insultando e reclamando de mim, mesmo dentro do centro cirúrgico.
Quando sai de lá, para a sala pós cirúrgica, para me recuperar da anestesia, lembro que chorei muito, porque realmente passei a me culpar por a Bianca estar naquele estado, que a culpa era minha, assim como a médica me repetiu muitas vezes.
A enfermeira disse que daria um remedinho para eu ficar bem e não me preocupar mais, sei que quando voltei para o quarto, minha mãe que estava lá preocupada, me disse que eu nem esboçava reação, nem falava sobre o que aconteceu e falava com a maior naturalidade do mundo que a Bianca estava na UTI, obviamente me deram um calmante.
Eu não sabia quão grave era o estado da minha filha, ninguém chegou a conversar comigo direito. Sei que ela estava na UTI Intensiva e poderia ou não sair.
No hospital, enquanto minha filha estava na UTI, recebi a visita de uma psicologa, que veio conversar comigo para amenizar meu sofrimento (tudo que eu menos queria), e disse que entendia o que eu estava passando. Eu perguntei se ela já havia passado por isso para entender, e ela me disse que não, mas que haviam mães em situações mais complicadas que a minha. Fui educada e escutei aquela baboseira toda, mas no fundo só conseguia pensar “ foda-se , sei que tem pessoas com situações muito pior que a minha em todo lugar do mundo, mas para mim, particularmente para mim e minha família AQUELA era a pior situação do mundo, minha filha!!!!!! “.
Sei que eu passei a acreditar em milagres, no terceiro dia que minha filha estava na UTI intensiva, eu indo vê-la toda hora, todo dia, ela conseguiu respirar sozinha! No dia da minha alta e eu consegui amamenta-la!!!! Ela lutou muito, o mérito foi todo dela, a única coisa que o hospital ajudou, foi que a UTI tinha equipamentos novíssimos e de ótima qualidade. Mas sei que o que fez minha filha ficar viva, foi Deus e ela mesma.
A Bianca saiu da UTI Intensiva e foi direto para a UTI normal, não me lembro o nome que davam, pois ainda precisaria de acompanhamento e vários exames. Faltou oxigênio no cérebro, e ela poderia ter sequelas, mas eu nem queria pensar nisso… Só queria que ela saísse do hospital, o resto era resto.
Ela foi bem tratada pelas enfermeiras na UTI, um único dia, sai da UTI que eu podia ficar do lado dela o tempo todo, pois não era mais a intensiva, e a enfermeira colocou na mãozinha com uma faixa, o aparelho para medir batimentos cardíacos. Como ela estava dormindo, sai para tomar um ar e falar com o pai dela que estava aguardando a hora da visita. Quando fui sair, vi que eu tinha esquecido meu crachá, e voltei p pegar, e eu tinha deixado embaixo do berço, quando voltei, vi a mão da Bianca roxa, muito roxa, e na hora tirei a faixa que estava enrolada na mão dela. A enfermeira apertou com muita força, e não viu. Foi Deus mais uma vez, que fez eu esquecer o crachá e voltar a tempo de salvar a mãozinha da minha filha.
Dentre várias outras coisas que aconteceram (mães que conheci, mãe que perdeu o bebe, teste do pezinho que foi feito duas vezes porque não haviam encaminhado o primeiro), minha filha saiu do hospital no sétimo dia depois que nasceu.
Ela precisaria de acompanhamento neurológico durante seu primeiro ano.
Quando ela estava com três meses, levei ela em um neuro particular, que olhou a ficha dela que veio do hospital.
Ele me olhou , olhou para a Bianca e perguntou se eu entendia o que tinha acontecido com a minha filha, e começou a me falar que minha filha era um milagre, que eu deveria ir na igreja todos os dias e processar o hospital que não fez nem uma tomografia nela depois que ela nasceu.
E começou a me contar que a Bianca nasceu com apgar 1, nasceu morta e ressuscitaram ela, que faltou oxigênio no cérebro, que as chances dela sobreviver não eram muitas, e as chances dela sobreviver e ter sequelas eram altíssimas.
Ela a examinou e viu que não tinha nada, que tinha reflexos e que especial ela não seria, mas que eu mesmo assim teria que acompanhá-la sempre, pois poderia ainda haver problemas com fala, audição, motora, que era difícil saber o que exatamente havia sido afetado.
A Bianca começou a andar no aniversário de 1 ano e a falar pouco depois. Hoje ela faz ballet, e fala um pouco de inglês ( sempre ensinei), e é muito , mas muito independente (e acho que é pelo fato de que já teve que se virar sozinha logo que nasceu).
Todos os pediatras que passei ela, e olham a ficha, falam que eu tenho alguém que gosta muito de nós em algum lugar (TODOS FALAM), porque o que aconteceu foi super grave.
Quando me perguntam se eu quero outro filho depois disso, eu sempre digo que sim.. e quero mesmo!
Devo isso a mim e a ela também né! Todo mundo precisa de um irmão para ter historias para contar!
Mas eu quero sim… quero ficar grávida, curtir minha barriga, curtir meu parto, saber o que é ter um bebê sem tudo isso que passei e deixar essa historia só no passado mesmo. Quero tirar fotos com aquela cara horrível e o bebe do lado quando ele nasce, quero ser a primeira a segurar o bebe. Eu preciso disso!!
Só me falta o pai agora!!! Kkkkkkkk
O que me revolta nessa historia toda hoje, é saber que isso acontece com mais pessoas, e pouco é divulgado.
Eu sabia dos meus direitos, porque estudei isso. Mas normalmente em hospitais públicos, existe muita mulher que tem pouca instrução, pouco conhecimento ou nenhum sobre seus direitos como paciente, assim como a menina que estava no quarto comigo. No dia que eu comemorei que minha filha saiu da UTI, chorei com ela porque o bebê dela não resistiu!
É triste!

Realmente é uma história chocante, e o mais triste é saber que muitas mulheres passam por isso diariamente, pois, caem nas mãos de “profissionais” despreparados, e muitas são tão pressionadas psicologicamente que acabam se sentindo culpadas pela situação, é importante como a Vivian disse procurar saber quais são os seus direitos e denunciar caso se sinta violentada de alguma forma!

Amiga realmente milagres acontecem e a Bianca é um verdadeiro milagre e um benção na sua vida!

E vocês já passaram ou conhecem alguém que já passou por uma situação parecida?

Beijos da Beta.

 

Dicionário da Gestação

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Oi Cats!

Hoje vim falar com as gravidinhas!!!

Fico lembrando de como muitas vezes era difícil entender o que os médicos queriam dizer com tantas siglas e abreviações, principalmente na minha primeira vez, pensando nisso resolvi pesquisar algumas siglas termos e abreviações usadas nos consultórios e hospitais e criar um mini dicionário da gestação ! rsrs

TP – Trabalho de Parto: É marcado, entre outras coisas, pela chegada das contrações mais ritmadas e evolução da dilatação

Pródomos: São os sinais que antecedem o trabalho de parto dito. Estes sinais podem ser contrações de dor e ritmo, e a saída do tampão.

Gravidez a termo: Podemos considerar uma gravidez a termo a partir das 39 semanas e até 42 semanas. Ou seja, essa seria o tempo mínimo necessário para o completo desenvolvimento do bebê. Sendo assim, não é recomendável agendar o parto antes das 39 semanas completas, a menos que haja real risco de saúde para o bebê ou para mãe.

DPP – Data Provável do Parto – É a data, calculada com base na última menstruação ou primeiro ultrassonografia, em que a mulher completa 40 semanas, ou seja, teoricamente a data mais provável para o bebê resolver nascer naturalmente, a DPP é apenas uma ideia pra se basear.

DUM – Data da Última Menstruação: Essa normalmente é a informação usada pelo médico no pré natal para calcular a DPP e servir de base para os exames e evolução esperada da gravidez.

PN – Essa abreviação serve tanto para parto normal quanto para parto natural, a diferença é que no parto natural a mulher não recebe nenhum tipo de anestesia durante o parto.

PD – Parto Domiciliar: Parto realizado fora do ambiente hospitalar, geralmente na residência da gestante. É importante lembrar que a grande maioria dos partos domiciliares são programados e têm acompanhamento de uma equipe com profissionais capacitados para acompanhar o trabalho de parto, parto e pós parto, incluindo um obstetra, enfermeira obstétrica.

V.O – Violência Obstétrica: Qualquer prática no pré-natal ou parto que ocasione violência física ou psicológica à gestante ou parturiente, incluindo procedimentos desnecessários e não autorizados previamente pela mulher.

GO – Ginecologista Obstetra: é o profissional que se forma em Medicina e faz residência em Ginecologia e Obstetrícia. O médico obstetra acompanha o pré-natal, diagnostica patologias, presta assistência ao parto normal de baixo e alto risco, realiza parto fórceps e cesarianas.

RN – Recém Nascido.
USG ou US – Ultrassonografia.
ILA – Índice de Líquido Amniótico: O líquido amniótico é o fluido que preenche a bolsa amniótica e no qual o embrião fica imerso durante a gestação. Quando esse líquido está em menor ou maior quantidade do que deveria (oligodrâmnio ou polihidrâmnio, respectivamente) pode indicar problemas para a mãe e para o bebê e requerer correção.

DCP – Desproporção céfalo pélvica: Falando de forma simples, é quando a pelve materna não permite a passagem da cabeça fetal. Em muitos casos, é falsamente utilizada pelos médicos para justificar a cesárea no pré natal (A típica frase “você não vai ter passagem”), porém o diagnóstico só é possível durante o parto e não pode ser antecipado durante a gravidez. Ou seja, só é possível saber se realmente há uma DCP na hora “P” (a hora do parto). Se confirmada, aí sim é o caso de uma cesárea.
VCE – Versão cefálica externa: Manobra externa que ajuda o bebê a adaptar a posição mais favorável ao parto vaginal, aquela em que o bebê fica com a cabeça para baixo (cefálica). Geralmente é feita, se do desejo da gestante e com indicação médica, a partir das 37 semanas quando o bebê encontra-se em posição não-cefálica (pode estar transverso ou pélvico – sentado). Se bem sucedida, a VCE aumenta bastante as chances de um parto normal.
PP – Placenta Prévia: Também conhecida como placenta de inserção baixa, é uma complicação da gravidez causada pelo posicionamento da placenta, que se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero. Quase sempre é indicação para uma cesárea necessária.

Episio – A abreviação de Episiotomia: corte cirúrgico realizado na região do períneo, a partir da vagina, e que pretende ampliar o canal do parto para facilitar a passagem do bebê na última fase do expulsivo, evitando uma possível laceração irregular. Porém, não existem evidências científicas que comprovem maiores benefícios dessa técnica (afinal, não dá pra saber se a mulher terá ou não alguma laceração natural e, mesmo que tenha, muitas vezes é menor e menos dolorosa que a episio), por isso é condenada nos estudos mais recentes sobre assistência ao parto.

Kristeller: Pressão sobre a barriga da grávida durante o expulsivo para adiantar a saída do bebê. Hoje essa técnica, criada em 1867 e ainda muito utilizada por algum médicos e enfermeiros, é considerada violência obstétrica e pode oferecer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, como fraturas, sofrimento fetal e hematomas, por exemplo.

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Essas são apenas algumas siglas nesse vasto mundo materno!! kkk

Espero que tenham gostado!!

Beijos da Beta

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